Clinica de Olhos
Dr. Suel Abujamra
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Saúde
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Portaria n° 53
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Dicionário dos Olhos
CATARATA
Catarata é a opacificação do cristalino, uma das lentes naturais do olho, decorrente de um processo de envelhecimento ou causas metabólicas e traumáticas.

COMO É O TRATAMENTO DA CATARATA?
É exclusivamente cirúrgico e existem duas grandes técnicas principais que podem ser utilizadas: A Extração Extra Capsular e a Facoemulsificação.
Ambas as técnicas têm resultados excelentes quando bem indicadas e em mão de cirurgiões experientes. Ao final da extração da catarata, em ambas as técnicas, é implantado uma lente artificial transparente, como se fosse um cristalino novo.

EXISTE CIRURGIA DE CATARATA COM LASER?
Existem aparelhos a laser destinados a esse propósito, mas estão ainda em fase de testes, não obtendo vantagens satisfatórias em relação aos métodos atuais disponíveis. Mas após a cirurgia, pode haver a necessidade de uma aplicação de laser para polir a lente que implantada dentro do olho, pois a membrana onde ela é apoiada pode opacificar com o tempo.

A CATARATA PODE LEVAR À CEGUEIRA?
Sim, a catarata, quando bastante avançada pode levar a pessoa não conseguir enxergar quase nada, apenas se o ambiente está com ou sem luz. Felizmente, a catarata é uma causa de cegueira tratável, devolvendo todo o potencial de visão do paciente quando é realizada a cirurgia. Portanto, quando um paciente tem catarata, cabe ao médico e ao próprio paciente decidir quando e como realizar a cirurgia, não sendo uma cirurgia de urgência, mas sim uma cirurgia que promove uma grande melhoria na qualidade de vida do paciente.
DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE (DMRI)
A mácula é uma porção central da retina responsável pela melhor definição das imagens, da visão das cores. Está localizada no setor mais posterior do olho, como se fosse o filme de uma máquina fotográfica.

A Degeneração Macular Relacionada à Idade -(DMRI), como o próprio nome diz, é uma doença degenerativa da região macular que afeta pessoas com 50 anos ou mais, aumentando sua incidência de acordo com a idade. É a causa principal de possível perda irreversível de visão nessa faixa etária em todo o mundo.

Quando essa área é lesada, a pessoa percebe uma alteração da visão que dependendo do tamanho e da natureza da lesão, essa alteração pode ser um borramento central, palidez das cores, uma tortuosidade ou aumento e diminuição das imagens. A visão ao redor do borramento é normal, sem alterações, sendo muito difícil, então, a DMRI levar à cegueira total.

Há duas formas de essa doença aparecer: a forma seca e a exsudativa. A forma chamada de seca, a qual atinge 90% dos casos e é causada por uma atrofia das células mantenedoras dos receptores visuais, levando-os a degeneração. Como são células nervosas, o nosso organismo não consegue renová-las corretamente, não sendo mais possível a captação de imagem nesse local.

A forma exudativa é anormal, mais complexa e basicamente se forma por uma invasão de vasos sanguíneos anormais da camada coróide para o espaço em baixo da retina e às vezes até dentro dela. Esses vasos sanguíneos são muito frágeis e deixam vazar líquidos e substâncias que normalmente não podem estar em contato com a retina. As vezes se rompem extravasando sangue sob a retina, levando a perda da visão e degeneração da retina.
A DMRI é uma doença que pode afetar os dois olhos e normalmente isso acontece, mas não de uma forma simétrica, isto é, um olho é mais afetado que o outro num determinado tempo. Como a visão periférica é preservada, a pessoa pode não notar a lesão até o outro olho também ser afetado.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
Há alguns exames gerais e específicos que ajudam o seu médico oftalmologista a detectar a doença e classificá-la de acordo com a forma apresentada.

O exame que o médico faz para poder detectar a doença primariamente é o mapeamento de retina, realizado com o oftalmoscópio. Dessa forma, pode-se avaliar com detalhes as alterações maculares e retinianas.

Os pacientes podem averiguar se há lesão macular sempre que quiserem com uma tela de Amsler, que é um cartão quadriculado, como o desenho de uma grade no papel. Dessa forma, olhando diretamente para o centro da tela, ressalta-se a percepção se há desvios nas linhas dos desenhos dos quadradros.

Exames complementares como a angiofluoresceinografia ou angiografia com indocianina verde ajudam a evidenciar o padrão dos vasos sanguíneos dentro das lesões, ajudando no tratamento.

QUEM E COMO TRATAR A DMRI?
Infelizmente não há cura para a DMRI e não há tratamento para a forma seca da doença. Mas há como intervir na forma exsudativa, que apesar de ter uma freqüência menor é mais destrutiva.

Os tratamentos existentes são clínicos, realizado com drogas quimioterápicas anti-angiogênicas, isto é, que bloqueiam e até fazem involuir os vasos sanguíneos anormais sob a mácula.

O mais importante de tudo isso é que quanto mais precoce é feito o tratamento, mais e melhor visão será preservada.
GLAUCOMA
Glaucoma é uma doença crônica do nervo óptico, tendo como principal fator a hipertensão intraocular. Há uma lesão progressiva das fibras nervosas retinianas a qual está mais relacionada com o aumento da pressão intra-ocular, podendo levar à perda total da visão. Há vários tipos de glaucoma e cada um tem um mecanismo e tratamentos diferentes

COMO ACONTECE O GLAUCOMA?
Basicamente a lesão das fibras nervosas da retina se dá na cabeça do nervo óptico pela pressão ocular aumentada, fazendo compressão mecânica nesse local e diminuindo o fluxo sanguíneo natural dessa área. Dessa forma, há uma degeneração celular levando a morte da mesma.

Dentro dos nossos olhos há uma região, atrás da íris, que produz continuamente um líquido chamado humor aquoso, responsável entre outras coisas, por manter o olho sob tensão.Há também, entre a córnea e a íris, o seio camerular, região ocular responsável pela drenagem desse líquido. Normalmente há um equilíbrio entre produção e drenagem, mantendo um nível “normal” de pressão intra-ocular.

A pressão ocular pode se elevar por numerosos motivos, mas principalmente por algum fator que impeça a drenagem do humor aquoso pelo seio cameular. Para melhor entendimento é como se houvesse uma caixa d’água sem bóia de regulagem e sem ladrão para escape da água, aumentando a pressão dentro da caixa d’água.

GLAUCOMA TEM CURA? COMO É O TRATAMENTO?
Infelizmente essa doença não tem cura, mas dispomos de vários artifícios para seu adequado controle. As drogas existentes atualmente podem atuar tanto na diminuição da produção do humor aquoso quanto no aumento da drenagem do mesmo, podendo associar-se duas ou mais drogas quando necessário.

Em alguns casos, dependendo da gravidade de cada um, os medicamento não são suficientes, tendo que lançar mão de técnicas cirúrgicas para melhor controlar a pressão intra-ocular. O tratamento do glaucoma, por ser uma doença crônica e sem cura, deve ser diário, fazendo com que o paciente tenha função primordial para realizar corretamente o uso das medicações.

Colocar o uso correto dos colírios sempre que surgir dúvidas, consulte seu oftalmologista imediatamente.

COMO O PACIENTE SABE QUE TEM GLAUCOMA?
A pressão intra-ocular leve ou moderadamente aumentada não faz os olhos doerem ou borramento visual imediato. Mas faz surgir a doença glaucomatosa. Isso faz com que a lesão se inicie e progrida sem que o paciente sinta absolutamente nada até o momento que a perda visual incomode, sendo esse estágio já avançado da doença.

Então como saber se eu tenho glaucoma para prevenir a perda visual???
Pessoas com história familiar de glaucoma, idade acima de 45 anos, negros (tem maior chance de ter a doença que os brancos), entre outros fatores, devem realizar exame oftalmológico completo rotineiramente, pois somente assim é possível detectar precocemente a doença e tratá-la para preservar o máximo de visão.

É importante salientar que a lesão glaucomatosa das fibras nervosas é irreversível, isto é, uma vez destruídas, as fibras nervosas não mais se regeneram. Os tratamentos atualmente existentes, tanto medicamentosos quanto cirúrgicos, são focalizados para o melhor controle da pressão intra-ocular, impedindo assim a progressão da doença pela estabilização da perda das fibras nervosas retinianas.
MOSCAS VOLANTES
As moscas volantes são manchas escuras ou translúcidas vistas em diversas formas que podem aparecer subitamente. Em geral é mais fácil enxergá-las quando a pessoa olha para uma superfície plana ou para o céu.

Isso ocorre principalmente por condensação de proteínas do gel intra-ocular, conhecido como humor vítreo, além da ocorrência da contração natural desse gel, desprendendo-o da retina (responsável pela captação das imagens). Essas condensações formam sombra na retina, dando a impressão de “moscas” à frente dos olhos, mas na realidade estão dentro do mesmo.

As pessoas com miopia moderada e alta e aquelas com idade mais avançada são mais propícias ao aparecimento das moscas volantes, pois o desprendimento do vítreo se dá mais fácil nesses casos.

O APARECIMENTO DAS MOSCAS VOLANTES É GRAVE?
O surgimento desse sintoma, na maioria das vezes não se trata de um problema grave, apenas denota o envelhecimento do gel vítreo natural de cada pessoa. Mas às vezes, principalmente pelo fato da contração do gel vítreo, em uma região de maior adesão deste com a retina, pode haver uma rasgadura da retina, podendo esta, levar a um descolamento da mesma futuramente.

Esse processo todo aparece com maior freqüência quando as moscas volantes estão associadas com o aparecimento de flashes luminosos mesmo quando não há luz ao redor. Esses flashes são, na realidade, o gel vítreo tracionando a retina ou batendo nela.

Outra forma de aparecimento de moscas volantes é um sangramento ou inflamação intra-ocular devido a um rompimento de um vaso sanguíneo da retina ou uveíte posterior (inflamação intra-ocular com diversas causas) respectivamente.

O QUE DEVO FAZER SE COMEÇAR A ENXERGAR MOSCAS VOLANTES?
O aconselhável é procurar seu oftalmologista assim que possível para um exame de fundo de olho, ou mapeamento de retina. Esse exame é importante para diferenciar a presença de apenas moscas volantes ou de, além disso, a presença de rasgaduras da retina que devem ser tratadas imediatamente em certos casos.

O exame de mapeamento de retina deve ser repetido pelo menos uma vez por ano nos casos em que nenhuma lesão é detectada, para prevenir quaisquer intercorrências.

QUAL É O TRATAMENTO DAS MOSCAS VOLANTES?
Normalmente, se não é detectado nenhuma alteração retiniana, o paciente é apenas orientado pelo profissional. As condensações do gel vítreo diminuem com o tempo, mesmo que leve alguns anos. Essas condensações ficam aparecendo e desaparecendo do campo visual do paciente durante um bom tempo de sua vida. Isso acontece porque quando o olho está parado, as condensações vítreas se depositam e ao realizar os movimentos oculares, principalmente os verticais (para cima e para baixo), elas se mostram.

O risco, para o olho, de realizar uma cirurgia para retirar as moscas volantes é muito maior do que deixá-las desaparecer naturalmente, mesmo que leve algum tempo.
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